A BRS Vitória é uma cultivar de uva de mesa sem semente, tem uma produtividade de 20 a 25 toneladas/ha com manejo conveniente, além de ser bem adaptada ao cultivo nas regiões tropicais onde foi testada. Apresenta alta fertilidade, normalmente com dois cachos por ramo. A uva tem bagas com cor preta, bom equilíbrio entre açúcar e acidez, o que lhe confere ótimo sabor aframboesado, com potencial de sólidos solúveis (brix) chegando a mais de 20. Tem bom comportamento em relação ao rachamento de bagas. É tolerante ao míldio, causado por Plasmopara vitícola. Seu peso médio é de 290 g e o tamanho natural da baga é de 17 mm x 19 mm. Seus cachos são levemente compactados.
Apesar do grande número de cultivares de uvas com aptidão para mesa, faltavam no mercado variedades com alto grau de tolerância às doenças fúngicas, principalmente o míldio. Além desse diferencial, as cultivares deveriam ter também boa produtividade, altos teores de açúcar, sabor e cor agradáveis e interessantes ao consumidor, diferentes ciclos produtivos, com e sem sementes, além da ampla adaptação climática para, com isso, compor uma nova matriz produtiva visando a sustentabilidade da atividade, do produtor e do mercado. Com base na ampla base genética do seu banco ativo de germoplasma, a Embrapa Uva e Vinho, após dez anos de pesquisa com melhoramento genético, conseguiu desenvolver três novas cultivares de uva (BRS Vitória, BRS Núbia e BRS Isis) para suprir esta lacuna tecnológica e contribuir para a produção de uvas de mesa no Brasil.
O sucesso de uma nova cultivar de uva para mesa está atrelado às suas características organolépticas, de aparência, produção e também na regularidade da oferta. As novas cultivares que permitem aumentar a oferta e a qualidade de uvas para consumo in natura em várias regiões brasileiras. Além disso, considerando as características diferenciadas de cor e sabor das cultivares, o potencial de expansão da área de produção se mostra bastante promissor, como já é percebido nos mais de 100 hectares implantados de BRS Vitória somente no Nordeste do país, sem contar as áreas de agricultura familiar do Rio Grande do Sul.
QUEM GANHA COM ISSO: Viticultores, associações e cooperativas de produtores, mercado varejista e exportador.
ABRANGÊNCIA GEOGRÁFICA: Região Sul (RS,SC,PR), Região Sudeste (SP, ES, MG), Região Centro-Oeste (GO e MT), Região Nordeste (BA e PE)
As três cultivares são tolerantes à principal doença da videira, o míldio, o que contribui para um grande impacto ambiental positivo na viticultura, com redução dos tratamentos fitossanitários (principalmente fungicidas), diminuição dos custos de produção e dos riscos de contaminação ambiental. Além do mercado nacional, essas cultivares, especialmente a BRS Vitória e a BRS Isis, estão sendo consideradas como ótimos produtos para exportação, com boa aceitação no mercado europeu, sendo comercializadas na faixa de 2 euros por quilograma.
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